domingo, 29 de maio de 2011

Nossa Senhora Auxiliadora - 24 de maio

Esta invocação mariana encontra suas raízes no ano 1571, quando Selim I, imperador dos turcos, após conquistar várias ilhas do Mediterrâneo, lança seu olhar de cobiça sobre toda a Europa. O Papa Pio V, diante da inércia das nações cristãs, resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cristãos da escravidão muçulmana. Para tanto, invocou o auxílio da Virgem Maria para este combate católico.

A vitória aconteceu no dia 7 de outubro de 1571. Afastada a perseguição maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratidão à Virgem acrescentando nas ladainhas loretanas a invocação: Auxiliadora dos Cristãos.

No entanto, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora só foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus: Napoleão I, empenhado em dominar os estados pontifícios, foi excomungado pelo Sumo Pontífice. Em resposta, o imperador francês seqüestrou o Vigário de Cristo, levando-o para a França. Movido por ardente fé na vitória, o Papa recorreu à intercessão de Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto.

O Santo Padre ficou cativo por cinco anos, sofrendo toda espécie de humilhações. Uma vez fracassado, Napoleão cedeu à opinião pública e libertou o Papa, que voltou a Savona para cumprir sua promessa. No dia 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder pastoral. Os bens eclesiásticos foram restituídos. Napoleão viu-se obrigado a assinar a abdicação no mesmo palácio onde aprisionara o velho pontífice.

Para marcar seu agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma.

O grande apóstolo da juventude, Dom Bosco, adotou esta invocação para sua Congregação Salesiana porque ele viveu numa época de luta entre o poder civil e o eclesiástico. A fundação de sua família religiosa, que difunde pelo mundo o amor a Nossa Senhora Auxiliadora, deu-se sob o ministério do Conde Cavour, no auge dos ódios políticos e religiosos que culminaram na queda de Roma e destruição do poder temporal da Igreja. Nossa Senhora foi colocada à frente da obra educacional de Dom Bosco para defendê-la em todas as dificuldades.

No ano de 1862, as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, São João Bosco iniciou a construção, em Turim, de um santuário, que foi dedicado a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos.

A partir dessa data, Dom Bosco, que desde pequeno aprendeu com sua mãe Margarida, a confiar inteiramente em Nossa Senhora, ao falar da Mãe de Deus, lhe unirá sempre o título Auxiliadora dos Cristãos. Para perpetuar o seu amor e a sua gratidão para com Nossa Senhora e para que ficasse conhecido por todos e para sempre que foi "Ela (Maria) quem tudo fez", quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora, congregação por ele fundada juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello, fossem um monumento vivo dessa sua gratidão.

Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a "Virgem de Dom Bosco".

Escreveu Dom Bosco: "A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso".

                                                                           Fonte: Canção Nova
                         

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A família e a questão dos valores

       O mundo contemporâneo está passando por uma grande crise de valores. Na maioria das situações o ser humano não vive de acordo com os preceitos positivos, repassados pelas instituições sociais como a escola, a igreja e a família. No entanto desde os mais remotos tempos da história da humanidade, a questão dos valores já era discutida pelas autoridades e sábios das cidades. Na Idade Antiga o filósofo Aristóteles já afirmava que a virtude é um hábito, isto é, o exercício de atitudes positivas ao longo da vida humana. E Santo Agostinho na Idade Média, refletia que o ser humano tem o livre-arbítrio como parâmetro, para guiar suas ações na sociedade, mediante suas noções morais e religiosas.
      Atualmente os educadores vivem uma grande angústia nas escolas, pois a maioria dos educandos não tem um comportamento condizente com o ambiente escolar, transgredindo regras ditadas pela instituição. A transgressão de regras é resultante da falta de limites das crianças, pois na maioria das vezes, não são educadas de maneira correta, pelos seus responsáveis. A grande maioria dos pais são frutos de uma educação autoritária e por não concordarem com essa forma de criação, não ditam regras para seus filhos e os mesmos tornam-se seres sem parâmetros éticos e morais.  A família passou de autoritária a uma instituição sem regras, pois muitos pais hoje já foram criados sem limites e transmitem esses valores para muitas crianças da sociedade atual.
     A maioria dos problemas que acontecem na sociedade atual é resultante da má educação das crianças, em seus lares.  A violência é um dos fatores sociais mais preocupantes, pois as pessoas são agredidas fisicamente e verbalmente em todos os âmbitos sociais. A chacina da escola de Realengo chocou a opinião pública do Brasil e do mundo, pois uma pessoa sem tratamento correto tirou a vida de doze jovens, com grandes perspectivas de futuro pela frente. Outro fato alarmante aconteceu em uma universidade particular de Belo Horizonte, onde um professor foi assassinado por um aluno, devido a uma nota baixa em sua disciplina. Nos mais diversos lugares, a vida vale muito pouco, no mundo atual. E essa situação é decorrente de valores consumistas, que destroem a moral social.
    Segundo o filósofo Aristóteles, a melhor educação está no justo meio, ou seja, através do diálogo e não do autoritarismo ou da ausência total de regras.  Mas infelizmente, grande parte dos lares, não são regidos por esse princípio ético. No entanto algumas famílias tem educado seus filhos mediante valores cristãos, através do diálogo. A família é a instituição mais importante na construção de uma sociedade mais harmônica e feliz.

Reflita: “O grande ser humano, é fruto de uma família bem estruturada.”

Professora de Filosofia, Sociologia e Metodologia