quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

As escolhas e a humanidade

Segundo o filósofo Sartre “O homem é condenado a ser livre”. A liberdade é atrelada à responsabilidade com as escolhas, pois a mesma pode interferir na vida de outras pessoas. Vocês já pensaram na repercussão de uma atitude individual? Muitas vezes somos conduzidos pelas ocorrências naturais da vida. No entanto existem momentos que o ser humano pode receber conselhos de outros, mas a decisão final é somente sua e é solitária. Escolher é algo individual, de conseqüências coletivas.
Mas para que o ser humano faça boas escolhas o filósofo Kant afirma: “O homem só pode tornar-se homem pela educação”. Durante o decorrer da existência o ser humano apreende noções virtuosas na educação familiar, escolar, religiosa e social. Os valores positivos interiorizados serão aplicados em todos os setores da vida humana. O principio da coletividade é essencial para o ser humano, pois implica na necessidade de enxergar o outro como o verdadeiro próximo.
A capacidade de agir bem e humanamente é uma demonstração de aprendizado das virtudes. “Não há nada mais belo e mais legítimo do que o homem agir bem e devidamente”, dizia o filósofo Montaigne. A questão da moral é algo relacionado com a Filosofia e a Teologia, pois os atos morais são determinantes na vida de cada pessoa em sua vivência na terra. O Padre Fábio de Melo explica: “Girassol só pode ser feliz se para o sol estiver orientado. É por isso que eles não perdem tempo com as sombras. Eles já sabem, mas nós precisamos aprender”.
O Padre Reginaldo Manzotti ensina: “Os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos filhos e a formação de sua consciência moral, jamais podendo eximir-se dessa missão”. O aprendizado dos valores é um dever da família primeiramente, os pais devem ter a sensibilidade de transmitir aos seus filhos a forma de agir correta, pois as más atitudes são responsáveis por milhares de pessoas que vivem presas em cadeias no Brasil e pelo mundo. Desde a infância as crianças devem ser corrigidas nas pequenas atitudes incorretas, para que não se tornem crimes de grande proporção, que afetam o indivíduo e a outros seres inocentes em todo o planeta.

Reflita:

“O mau uso do livre-arbítrio, liberdade com a qual somos presenteados por Deus, tem graves implicações para nós, para os outros e para a nossa salvação, levando-nos a responder por isso. Portanto, temos de prestar atenção às nossas escolhas.” (Padre Reginaldo Manzotti)

Abração a todos os leitores!

Referências bibliográficas:

Comte-Spomville, André. Pequeno tratado das grandes virtudes: tradução Eduardo Brandão. 2. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.

Melo Fábio de. Tempo de esperas: o itinerário de um florescer humano. São Paaulo: Editora Planeta do Brasil, 2011.

Manzotti, Reginaldo. 20 passos para a paz interior: com Deus, consigo e com o próximo. Rio de Janeiro: Agir, 2010.




Professora de Sociologia e Metodologia na Faculdade de Direito do Centro de Estudos Superiores Aprendiz em Barbacena-MG, professora de Filosofia e coordenadora do Garra Vestibulares em Dores de Campos - MG e diretora da Escola Municipal Randolfo Teixeira em Dores de Campos – MG.



















A ganância desmedida do ser humano

O Padre Reginaldo Manzotti afirma: ”A ganância coloca em risco a salvação, porque o ganancioso torna-se corrupto e, para ganhar sempre mais, vende a ética e a moral.” (MANZOTTI, 2010, p. 236). Atualmente algumas pessoas são movidas pela ambição e são capazes de tudo para obter dinheiro e poder. São cometidas as mais diversas ações contra as pessoas como roubos, assassinatos e etc. As mais diversas trapaças em geral acontecem a cotidianamente e uma recorrente é o descumprimento de palavras dadas em negócios das mais diversas formas, gerando falta de caráter e ética.
A ética é uma palavra muito utilizada na sociedade atual, mas em muitas situações não é entendida em todo o seu significado. O conceito é amplo e significa solidariedade, respeito, honestidade, dignidade e justiça. A ética deve ser demonstrada em ações cotidianas em todas as áreas do conhecimento: medicina, no direito, na odontologia, na administração de empresas, na contabilidade, no magistério, na política, etc. No entanto o que se observa são alguns profissionais visando somente o dinheiro em detrimento do cumprimento com as obrigações morais.
“O dinheiro em si não condena ninguém. A maneira como é administrado, expressa por meio da avareza, do sentimento de posse ou de fascínio por sua presença em nossa vida é que nos leva à perdição”. (MANZOTTI, 2010, p. 241). Existem políticos e funcionários públicos que apropriam do dinheiro público, médicos e dentistas que atendem somente por dinheiro, administradores e contabilistas que roubam empresas privadas,  professores  incompetentes porque recebem pouco dinheiro e policiais que se corrompem por serem mal remunerados. Entre outros profissionais que não atendem aos preceitos da profissão exercida.
Na vivência cotidiana nos deparamos com diversas atitudes antiéticas, que devem ser combatidas com princípios éticos sólidos. A família, a escola e as religiões são responsáveis pela interiorização de valores por crianças e adolescentes. Somente através de reflexões aprofundadas sobre a ética e a fé, o ser humano terá uma vida mais harmônica e feliz e ajudarão o próximo na caminhada existencial aqui na terra.

Reflita: “Ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem e, onde os ladrões não minam nem roubam.” (Mt 6,19s).

Abração a todos os leitores!

Referência Bibliográfica

MANZOTTI, Reginaldo. 20 passos para a paz interior: com Deus, consigo e com o próximo. Rio de Janeiro: Agir, 2010.



Professora de Sociologia e Metodologia na Faculdade de Direito do Centro de Estudos Superiores Aprendiz em Barbacena-MG, professora de Filosofia e coordenadora do Garra Vestibulares em Dores de Campos - MG e diretora da Escola Municipal Randolfo Teixeira em Dores de Campos – MG.