domingo, 8 de janeiro de 2012

O verdadeiro sentido do natal

Qual é o verdadeiro sentido do natal? No mês de dezembro os pais e familiares compram notbooks, celulares, playstations, ipods, etc., para presentear crianças e adolescentes. A tecnologia impera nessa época de consumo tão acelerado. O que mais impressiona são os preços de determinados presentes, pois atualmente não é qualquer coisa que realiza a saciedade dos pequenos tiranos. A grande maioria da população paga esses utensílios o ano todo para garantir o natal de seus filhos, e muitos ficam até endividados. Algumas pessoas compram presentes caros para todos os familiares, comprometendo o orçamento doméstico como um todo.
Em natais não muito antigos, os presentes eram bonecas e carrinhos, e dos mais simples. As crianças brincavam mais e eram muito mais felizes. Em celebrações natalinas as famílias se reuniam e aconteciam as mais diversas brincadeiras: pique, cobra cega, bandeirinha, casinha (comidinha, bonequinhas e carrinhos). Tudo muito alegre e divertido, mas com a maior simplicidade. Gostaria de ressaltar que tudo era alcançado com a maior dificuldade, mas era muito saboroso. No livro tempo de esperas, o padre Fábio de Melo ensina: “O processo de feitura será tão belo que talvez chegue a superar a beleza final.”.
No entanto o que realmente importa no natal é o sentimento de paz e amor que emerge da espera do nascimento de Jesus. A felicidade verdadeira de comemorar a vinda de um salvador que nasceu em uma manjedoura para salvar os homens. A família de Nazaré em sua humildade ainda é o exemplo de fé para a humanidade do século XXI. O que realmente importa são a união e a harmonia das famílias, em torno de um ideal cristão de fraternidade e solidariedade. Acredito que a família é o cerne de toda mudança de valores das pessoas de todos os recantos do mundo.
Sendo assim apesar de muitas pessoas afirmarem que no mundo tem muita maldade e desunião ainda existem pessoas solidárias. No programa profissão repórter no dia 20 de dezembro de 2011, apareceram algumas reportagens de médicos brasileiros voluntários que tratam de doenças em aldeias indígenas brasileiras, no México e na África e em muitos outros lugares do planeta. São profissionais que se deslocam de suas casas e do aconchego da família para curarem males do corpo e da alma, exemplos de solidariedade e amor ao próximo. Muitas pessoas realmente se preocupam com o outro em todas as épocas do ano, não somente no período natalino e essas atitudes que movem o mundo.

Reflita: “O natal é tempo de repensar as atitudes cotidianas em relação ao outro”.

Feliz natal a todos os leitores da coluna!

Referência bibliográfica:

MELO Fábio de. Tempo de esperas: o itinerário de um florescer humano. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2011.


Professora de Sociologia e Metodologia na Faculdade de Direito do Centro de Estudos Superiores Aprendiz em Barbacena-MG, professora de Filosofia e coordenadora do Garra Vestibulares em Dores de Campos - MG e diretora da Escola Municipal Randolfo Teixeira em Dores de Campos – MG.

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